O projeto Baquemirim é uma iniciativa para a preservação e revitalização da cultura no estado. Buscando dar visibilidade e uma inédita contribuição para a música brasileira através dos já citados Baques de Samba e Marcha, ritmos irmãos da Cumbia peruana, ambos de origem indígena dos povos Pano, Aruak, Arawá e seringueiros migrantes das regiões Norte e Nordeste no início do século XX.

ALEXANDRE ANSELMO, Mestre em Musicologia (UNB), fundador do projeto Baquemirim, músico, produtor fonográfico e artista visual, criou o projeto da Escola de Baques para oferecer oportunidades de desenvolvimento musical e humano para crianças e jovens, oferecendo formação a partir dos repertórios e saberes de diferentes mestres e mestras da cultura acreana.

Em 2024, esta iniciativa passa a integrar a Rede Nacional de Escolas Livres de Formação em Arte e Cultura através do programa Olhos D’Água do Ministério da Cultura, oferecendo curso livre de música, oficinas e práticas culturais e aulas de dança. Todas as atividades são ministradas tendo como protagonistas Mestres e Mestras dos povos indígenas e seringueiros do Acre. Oportunidade única para explorar a cultura do Baque, um ritmo legítimo e desconhecido que tem raízes profundas na cultura dos povos da floresta acreana.

Aulas de música para a Juventude Indígena em contexto urbano

Sobre a Escola de Baques

Projeto de educação musical desenvolvido pelo Baquemirim | Instituto Nova Era, com sede em Rio Branco/AC localizada na Área de Proteção Ambiental “Raimundo Irineu Serra”, a primeira no Brasil formada a partir de um patrimônio cultural, dedica-se ao ensino livre da música a partir da metodologia e saberes de mestres e mestras das tradições orais do Acre.

Alunos e alunas da Escola de Baques almejam promover a descentralização dos processos de formação no campo artístico-cultural em todo o território nacional.

Através do Programa Olhos D’Água - Rede Nacional de Escolas Livres de Formação em Arte e Cultura, o projeto prevê o desenvolvimento de atividades em quatro frentes de ações: (i) curso livre de música na comunidade Irineu Serra; (ii) Txana Bu: curso livre de música para jovens indígenas vivendo em contexto urbano; (iii) oficinas com mestres da música tradicional acreana; e (iv) práticas culturais: Roda de Choro regional com o mestre Toinho do Violão, Marujada Brig. Esperança em escola da rede pública estadual de ensino e aulas de dança com a mestra Zenaide Parteira no Baile do Seringueiro.